Você provavelmente já escutou por aí alguém dizendo que os carboidratos são essenciais para sobrevivermos e obtermos energia. Inclusive, muitas pessoas ficam com medo de aderir a uma dieta de baixo consumo de carboidratos devido a preocupação constante em se sentir fraco e sem energia ao reduzir as porções deste nutriente.
Mas será que há milhões de anos nossos ancestrais passavam na padaria pra comer um pãozinho e obter energia antes de sair para caçar? No episódio de hoje da série de vídeos “PERGUNTE AO PROFISSIONAL” vamos aprender se realmente os carboidratos são tão essenciais quanto dizem…
Assista AGORA mesmo ou leia a versão em TEXTO abaixo do vídeo caso prefira:
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Então você vai gostar ainda mais da nossa série especial em vídeo...
→Caso não consiga visualizar o vídeo, segue a versão em TEXTO do bate papo que eu tive com a nutricionista Alice Dalpicolli Rodrigues neste episódio!
Glauber: Como fica aquela história que diz que nós precisamos de carboidratos para sobreviver? Porque o nosso cérebro precisa… A gente não entrou em coma ainda né! Porque a gente não entrou em como ainda?
Se o cérebro precisa de glicose, se as células musculares precisam de glicose e se a gente não come carboidratos suficientes. De onde a gente tira essa glicose?
Alice (Nutricionista): Nosso corpo é muito inteligente, então se não tem glicose ele vai buscar energia de alguma outra fonte. E na nossa dieta que baixa em carboidratos e rica em gorduras o principal composto que fornece energia para o nosso cérebro são os corpos cetônicos que a gente começa a produzir quando a gente esgota as reservas de glicose do nosso corpo.
Uma coisa que o pessoal confunde muito: é que o diabético não consegue utilizar glicose e ele desenvolve a cetoacidose diabética.
Então ele confunde essa situação de cetoacidose diabética, que é prejudicial devido a uma incapacidade do organismo do diabético, com a questão dos corpos cetônicos que é uma substância natural que o nosso organismo produz para fornecer energia para o nosso corpo.
Então eu bato na tecla de que o carboidrato NÃO é essencial e o nosso corpo consegue trabalhar muito bem sem ele. Inclusive a gente trabalha melhor. A gente fica com um maior poder de concentração quando consumimos menos carboidratos.
As coisas fluem mais facilmente sem ficar se preocupando em comer o tempo inteiro. Eu acho que é muito uma questão de insegurança por conta de conceitos enraizados, profissionais ortodoxos que não buscam se atualizar e não buscam verificar que tem uma outra alternativa.
E isso está super bem documentado! Livros de fisiologia mostram isso: a questão de corpos cetônicos e produção de energia além dos carboidratos.
Glauber: Inclusive existe um post no blog do Dr. Souto sobre esse assunto que é sensacional! Ele fala sobre o maior jejum da história. Nesse post ele fala dessa questão: de onde a gente tira glicose quando não tem?
Ele explica que o fígado produz 200g de glicose por dia e o cérebro usa 120g. Então quer dizer, existe uma sobra ainda.
Então a partir do momento que o corpo está ceto-adaptado, ou seja, adaptado a consumir gordura como fonte de combustível primário. É como você falou: o corpo prefere os corpos cetônicos como combustível, os neurônios também preferem.
Então o carboidrato no “Total Flex” ele é meio que a segunda opção né? Vai de gordura e vai de carboidrato, mas o carboidrato é sempre a segunda opção.
Alice (Nutricionista): O carboidrato na verdade atrapalha. Ele está tão em evidência e é colocado como tão fundamental e importante, mas na verdade ele atrapalha muito as nossas funções orgânicas.
Então a gente tem que trabalhar para desmentir tudo isso que foi referido. A gente não tem necessidade de carboidrato. Eu passo um dia inteiro sem comer carboidrato e não sinto mal estar nenhum porque eu estou adaptada a essa alimentação.
Eu como bastante gordura então eu estou adaptada, mas claro que a pessoa que começa ontem, hoje vai se sentir desconfortável. Mas depois de uma semana seguindo essa alimentação já vai estar regulado.
E outra coisa interessante é que a gente tem uma variedade muito grande de nutrientes nessa alimentação. Que as vezes na alimentação tradicional a gente não tem.
As pessoas acabam pegando no pé dizendo que a dieta é radical, que não se come nada, que vai faltar nutrientes. Mas eu acho que eu nunca comi tanta verdura na minha vida como eu tenho comidos nesses 5, 6 meses.
Ahhh mas não come grãos e grão é saudável!
Não! Grão NÃO é saudável! Eles são cheios de anti-nutrientes, de toxinas e defesas que prejudicam o nosso organismo. Eu não como grãos! Eu como verdura, salada, algumas frutas, castanhas, enfim. Não faltam nutrientes na nossa alimentação. A gente tem tudo que o nosso corpo precisa!.
Glauber: Eu percebo muitas pessoas falando exatamente isso. Que nunca comeram tantos vegetais depois que mudaram o estilo de alimentação. Eu acho que isso se deve ao fato de que você come os vegetais em um preparo melhor né? Tipo na manteiga… Enfim! Sem medo das coisas que deixam os vegetais mais gostos ainda. Então não fica ruim comer vegetais. Fica gostoso!
Alice (Nutricionista): Pensa que antes, comer um suflê de brócolis era um “pecado mortal” porque vai manteiga e creme de leite. E hoje é um prato sensacional! Você pode até colocar uns baconzinhos dento… Incrível né?
Então eu concordo contigo Glauber. Na alimentação convencional a gente tinha que comer um pé de alface e um tomate…
Glauber: Uma gota de azeite porque mesmo a gordura sendo boa “tem que ser pouca”.
Alice (Nutricionista): E olhe lá… E fazer ainda por cima forçado. E hoje você pode preparar uma abobrinha gratinada, uma berinjela recheada, enfim. Existem tantas opções! Pode fazer vegetais diversos com carnes variadas e por queijo ralado e creme de leite… Fica muito bom!
Impossível! Até mesmo quem é chato e não gosta de comer vegetais começa a comer porque começa a criar gosto porque fica muito bom!
Glauber: E quando a gente segue uma dieta padrão é tudo muito ruim. Sempre que eu tentava emagrecer eu trocava tudo. Troquei arroz por arroz integral, passei a comer coisas light e diet. Tudo com menos sabor!
Agora Além de ser tudo mais gostoso você também não tem preocupação com quantidade.
Alice (Nutricionista): É vida nova! Eu brinco que eu sou suspeita para falar sobre alimentação porque eu sou fascinada. Eu acho incrível! E na verdade quem vê uma pessoa em dieta tradicional, pensa:
Poxa! Essa pessoa está sofrendo.
Você olha para “criatura” e perceber ela mal humorada, triste, chateada. Porque tem que comer alface, frango sem gordura, passar fome, ficar prisioneiro da esteira enfim. Você vê que a pessoa não está legal.
Agora você vê uma pessoa comendo uma picanha, comendo bacon, emagrecendo e tendo saúde. Não têm coisa melhor!
›Mais Informações Sobre o Profissional Convidado Deste Episódio:
Nome: Alice Dalpicolli Rodrigues
Tipo de Profissional: Nutricionista
Endereço de Atendimento 1: Consultório multidisciplinar Rua Moreira Cesar, 2715, sala 84, Centro – Caxias do Sul – RS, 95034-000 – Brasil – Telefone: 54 3223 4888
Endereço de Atendimento 2: Academia Vivará Rua Sinimbu, 1206 Centro – Caxias do Sul – RS 95020-001 – Brasil Telefone: 54 3223 4481
Contato: tel.: (54) 9139-0911 e-mail: [email protected]
Página Web: Página da Alice no Facebook!
Sobre: Alice Dalpicolli Rodrigues – Nutricionista CRN2 9697 – Caxias do Sul – RS. Graduada em Nutrição pela Universidade de Caxias do Sul – UCS (2008). Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos (2011). Atualmente trabalha com atendimentos clínicos individualizado em consultório médico, com foco em obesidade e co-morbidades relacionadas, nutrição estética, funcional e esportiva na Academia Vivará e orientação de dieta Paleo/Primal/LCHF. Trabalha também com o desenvolvimento de cardápios para Escolas Infantis e realiza atendimentos domiciliares. Não trabalha com consultorias online, sendo assim, atendimentos e prescrições de dietas apenas com avaliação presencial.
Para encontrar outros profissionais que atuem a partir dos princípios evolutivos, defendidos pelo ObesoEmagrece.Com, CONSULTE NOSSA PÁGINA dedicada ao cadastro de profissionais!
Boa tarde, Glauber.
Tenho uma dúvida. Quer dizer que o diabético tem mais dificuldade em obter energia de gordura do que de carboidratos? Uma dieta Paleo para ele não é recomendada?
Olá Douglas! A cetosidade diabética é uma complicação que pode ocorrer em pessoas com diabetes, mas isso não quer dizer que uma dieta paleo/low carb não seja indicada para essas pessoas. Na verdade, essa alimentaçãoo é extremamente indicada pra diabéticos. O que se observa em pacientes diabéticos que mudaram para uma dieta de baixo consumo de carboidratos e alto consumo de gorduras é uma melhoria e até mesmo reversão de vários quadros. Veja esse artigo sensacional em que o Dr. Souto fala sobre low carb/paleo e diabetes, ele apresenta dados de pacientes dele que pararam até de tomar remédios devido as melhorias obtidas com a mudança alimentar, veja:
http://lowcarb-paleo.blogspot.com.br/2013/07/low-carb-e-diabetes.html
O diabético geralmente é grande vítima da falta de atualização e fé em antigos paradigmas que muitos médicos ainda insistem em sustentar, não sei se você já assistiu mas recomendo FORTEMENTE que assista essa mini palestra de 15 minutos do Dr. Attia falando sobre como ele mudou sua forma de pensar em relação as pessoas com problemas de peso e sobretudo diabéticos:
https://www.youtube.com/watch?v=KRRaVBu6xuc
Espero que as respostas tenham sido úteis…
Abç Douglas!
Ajudou sim, obrigado.
=)