A obesidade e sobrepeso são assuntos abordado com frequência em todas as mídias imagináveis: TV, internet, redes sociais, revistas, rádio etc. Isso acontece porque a obesidade e sobrepeso estão sendo tratados como uma das mais preocupantes doenças crônicas da atualidade.
Só a designação – doença crônica – já nos faz tremer! Pois nos leva a entender que será muito difícil se livrar dessa doença ou que ela será um fantasma para o resto da vida de quem a desenvolveu, exigindo tratamento constante.
E para seguir com o raciocínio, os tratamentos massantemente ofertados também não parecem muito animadores. Sempre “mais do mesmo”: dieta e exercícios físicos, regados com muito (mais muito!) sofrimento disfarçado sob a “bela” indicação de que para se ter sucesso é necessário esforço e força de vontade.
E assim, nós gordinhos seguimos tentando aplicar a formula mágica:
Assim sentimos que é muito difícil ou quase impossível se livrar da obesidade e o que nos causa mais angústia é o sentimento de que só pessoas com qualidades muito “especiais” conseguem.
Mas porque será que parece tão difícil se livrar da obesidade?
Porque, muitas vezes, mesmo fazendo tudo “certinho” você não consegue emagrecer?
Nesse artigo buscarei a resposta para essas perguntas e através dela você entenderá que os tratamento atuais, muitas vezes entendidos como muito eficazes não consideram algumas questões que são determinantes para um processo de emagrecimento saudável e definitivo.
Vamos, passo a passo, entender essa história.
›Obesidade: noções tradicionais!
Em uma busca rápida pela internet encontramos:
Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo.
Ou:
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.
De uma forma geral, as informações sobre obesidade que recebemos durante toda a vida estavam sempre bem próximas dos trechos citados acima. Cada um de nós que já tentou inúmeras dietas durante a vida sabe “de cor e salteado” que “engordamos quando comemos demais e fazemos poucas atividades físicas”.
Sabemos também “que se não cuidarmos do peso teremos sérias complicações de saúde no decorrer do tempo”.
Lendo o que encontrei em minhas buscas e relembrando de todas as orientações que recebi em minhas tentativas frustadas de emagrecimento tenho a sensação de que grande parte dos médicos, nutricionistas, educadores físicos e até mesmo cientistas que atuam no enfrentamento da obesidade já encontraram uma fórmula definitiva para o seu tratamento.
Contudo, me parece que esta fórmula é um pouco simplista e ineficaz, já que, grande parte das pessoas que se submetem a ela não alcançam resultados satisfatórios e permanentes mesmo fazendo tudo “certinho”.
→ As formulas de tratamento mais indicadas atualmente
Quando digo que as fórmulas habituais de tratamento oferecidas a quem busca por uma solução para obesidade ou sobrepeso são simplistas, quero dizer que elas não consideram todos os fatores produtores da obesidade e sobrepeso.
Ou seja, a obesidade e o sobrepeso são produzidos em uma trama muito complexa que envolve desde fatores culturais até interesses econômicos – mais adiante analisaremos esses fatores.
Os modos de tratamento contudo, giram em torno do binômio dieta – atividade física e quando essa fórmula não dá certo, entram em ação os remédios e até mesmo cirurgias.
Veremos abaixo como essas atividades que, obviamente, tem muita importância no processo de emagrecimento e promoção de saúde estão submersas em uma rede de interesses que acabam transformando-as em uma receita pouco eficaz para quem deseja emagrecer.
Dietas
Você encontra desde cardápios malucos para emagrecer 10 kg em uma semana, até cardápios feitos por industrias alimentícias onde cada item sugerido é produzido pela mesma.
Entretanto, o mais preocupante são os cardápios feitos por ALGUNS profissionais especializados como médicos e nutricionistas – digo alguns pois muitos são admiráveis por resistir ao mercado atual! – que se repetem sem consideração alguma às dificuldades apresentadas pelos pacientes. Aqui na minha casa tenho coleção deles. Esses cardápios são sempre iguais e prometem não nos deixar com fome, mas na realidade, o dia-a-dia é bem diferente. Acabamos de comer já pensando em qual será a próxima refeição.
Outra tendencia das dietas passadas por alguns desses profissionais tem sido especificar a marca dos alimentos que devemos consumir. Nesse caso, os FIT, light, diet e mais atualmente, os rótulos sem glútem e sem lactose reinam majestosos.
O problema aqui está na não consideração desses produtos industrializados como grande fator de produção da obesidade. A história deixa claro que foi quando modificamos nossos hábitos alimentares e passamos a consumir produtos que vieram da fábrica que o “surto” de obesidade e sobrepeso se iniciou. Outra relação direta entre obesidade/sobrepeso e industrialização da comida é o momento de transformação que vivenciamos em nosso país.
Ao mesmo tempo em que declinam as taxas de desnutrição se elevam as de obesidade e sobrepeso. Esse fenômeno tem sido atribuído ao acesso que as pessoas estão tendo a alimentos industrializados e a modificação dos hábitos alimentares habituais.
Exercícios Físicos
Os exercícios comumente indicados para emagrecer são os aeróbicos: como corridas ou pedaladas intermináveis, mas quem se encontra muito acima do peso sabe como é difícil ter disposição para executar essas atividades por longos períodos.
Pode ser legal também – #sqn – seguir o Instagran de alguma “musa fitness” e repetir todas as “maluquices” que ela faz. Mas seguindo essa musa você terá a oportunidade de perceber – já que toda a vida da moça é exposta nessa ferramenta – que temos uma vida totalmente diferente da dela. Ela vive para a “beleza”.
Somos constantemente bombardeados com as promessas de ganhar a barriga da fulana, as pernas da beltrana e assim por diante… Na nossa saúde, poucos pensam.
Os exercícios físicos são extremamente importantes para a promoção de saúde tanto das pessoas que se encontram dentro das taxas de peso ideal quanto para aquelas que estão em sobrepeso ou obesidade. A grande questão é que as atividades físicas indicadas para o tratamento da obesidade também estão impregnadas dessa lógica que considera bonito aquilo que está na revista e na televisão.
Dessa maneira, somos levados a procurar uma atividade física não para emagrecer e ficar saudável mas sim para emagrecer e ficar bonita. A diferença parece sutil mas determinante para a sensação de bem estar provocada pelas conquistas alcançadas.
Se você for para academia buscando melhorar o condicionamento e reduzir gordura para viver melhor, a motivação para continuar e obter resultados permanentes será garantida. Mas se for buscando o “corpo perfeito” logo desistirá, pois o corpo perfeito é inalcançável e irreal.
Tome sempre cuidado! Pois se as dicas de exercícios tradicionais não derem certo, a justificativa deles será a seguinte: “Você não se esforçou o suficiente. Ficar bonita dói!”
Remédios e Cirurgias
Como você já deve ter percebido a história da busca pelo emagrecimento contada até aqui funciona quase como um ciclo vicioso: dieta e exercícios muito difíceis ou quase impossíveis de manter a longo prazo, seguidas de desmotivação e fracasso.
No desespero, você acaba voltando a hábitos pouco saudáveis que te levam a acumular mais e mais gordura. Chega um ponto em que as únicas soluções que você consegue – ou é levado a – enxergar são remédios ou cirurgias.
Parece que é exatamente para esse caminho que alguns interesses querem nos levar. Sempre as mesmas receitas que trazem poucos resultados. E assim a obesidade continua em linha ascendente.
›Obesidade: uma mudança de perspectiva
Para que você entenda melhor as tramas que tem produzido e sustentado a obesidade, te convido a refletir sobre esse fenômeno atual por uma perspectiva diferente da predominante.
Recomendo que antes de continuar assista a este vídeo de um médico chamado Peter Attia. Ele nos dará uma visão interessante, adquirida a partir de suas prática profissional e de sua própria história de vida, sobre a obesidade:
Nessa palestra-desabafo ao TED Talks, Attia relata um momento de sua carreira em que sentiu desprezo por uma paciente com diabetes e acima do peso que precisou amputar o pé. Diante da indicação de amputação o médico logo a responsabilizou por sua condição pensando: “se você tivesse se esforçado mais um pouco não estaria nessa situação”.
Attia relata que anos mais tarde,”mesmo fazendo tudo certinho”, ele mesmo engordou. Foi quando começo a questionar-se sobre a lógica estabelecida para o tratamento da obesidade e nos trouxe algumas perguntas:
Como isso pode acontecer comigo mesmo fazendo tudo certinho?
Se o conhecimento convencional de nutrição estava errado para mim, seria possível também que estivesse para mais alguém?
E se algumas de nossas noções mais básicas sobre obesidade estiverem erradas?
Foi quando o médico, percebeu que uma condições de saúde geralmente entendida como consequência da obesidade – a síndrome metabólica – poderia ser a chave para o real entendimento dela.
Está gostando deste artigo?
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No vídeo ele explica de forma bem clara o que o levou a tal constatação. No entanto, para a continuação de nossa analise, me aproprio da inversão na relação causa e efeito no estudo e tratamento da obesidade proposta pelo médico: “a obesidade pode ser uma resposta a algo muito mais ameaçador”.
Permanecer tratando a obesidade como o inicio do problema e não como a consequência de “algo muito mais ameaçador” nos leva a desconsiderar todos os fatores – que não são apenas comer demais ou se exercitar de menos – que tem produzido o sobrepeso e obesidade.
→ Mas como a obesidade pode estar sendo “produzida”?
Imagino que a pergunta acima – ou algo parecido – deve estar pairando sobre sua cabeça.
Quando afirmo que “a obesidade e sobrepeso são produzidos“ estou querendo dizer que a obesidade e sobrepeso são produtos de múltiplos processos históricos, culturais, econômicos, políticos e sociais e não apenas individuais como predominantemente é entendido. Ou seja, você não é o único responsável por estar acima do peso ou obeso, existem mecanismos que você nem mesmo reconhece que são causadores da sua condição.
O principal problema é que alguns desses fatores são entendidos como naturais. Por isso, a partir de agora vamos destrinchar cada um deles, pois conhecendo-os será possível diminuir a sua sensação de impotência diante da obesidade.
História e Economia
Para pensar a construção dos hábitos alimentares atuais precisamos ter em mente alguns marcos históricos determinantes: Revolução Industrial (urbanização e industrialização) e Globalização.
A revolução industrial trouxe importantes descobertas tecno-científicas que favoreceram a industria alimentícia: o aparecimento de novos produtos; a renovação de técnicas agrícolas e industriais, os avanços na genética, que permitiram aprimorar o cultivo de plantas e a criação de animais, a mecanização agrícola e ainda o desenvolvimento dos processos técnicos para conservação de alimentos.
Porém é importante ressaltar que grande parte dessas descobertas não visavam a promoção de saúde para o consumidor e sim a adaptação da alimentação às necessidades da transformação dos meios de produção da época.
As pessoas estavam mudando do campo para as cidades afim de trabalhar na industria, o tempo para as refeições se tornava mais curto, a demanda por comida pronta ou quase pronta era cada vez maior. A partir desse momento histórico a alimentação ocidental começa a ser caracterizada como uma dieta rica em gorduras hidrogenadas, açúcares/carboidratos e alimentos refinados/processados.
Mais recentemente a Globalização têm redefinido ainda mais nossos hábitos a partir do surgimento da indústria alimentar, marcado pelo consumo excessivo de produtos processados em detrimento de produtos regionais com tradição cultural, principalmente nos grandes centros urbanos, onde o fast food predomina.
Portanto, é fácil perceber que as recomendações atuais de alimentação saudável – como a pirâmide alimentar que seguimos, que tem em sua base alimentos processados – estão gravemente influenciadas por interesses econômicos. Ou seja, sua saúde é pouco levada em consideração.
O mais importante de ressaltar nesse tópico é que comprovadamente a industrialização dos alimentos é a principal responsável pelos assustadores números da obesidade e sobrepeso. E ainda assim, mesmo com essa constatação, eles continuam sendo massivamente vendidos.
Etilo de Vida Atual
Atualmente uma pessoa comum na faixa dos 30 anos tem uma rotina parecida com essa:
Acorda bem cedo para ir cumprir sua carga horaria de 44h semanais de trabalho. Ela acorda cedo pois o transito será infernal até lá, talvez coma alguma coisinha empacotada no carro. Ela trabalha o dia todo, quase esquece de almoçar e como não tem tempo de voltar para casa, come qualquer coisa na rua o mais rápido que puder. Volta para o trabalho apressada, trabalha um pouco mais, faz uma horinha extra e no fim do dia volta para casa muito cansada. Ela não tem animo de sair para fazer uma atividade física, nem de sair para relaxar e se divertir um pouco, por isso fica em casa assistindo novela, zapeando os canais da TV ou na internet rolando os feeds das redes sociais.
Esse é basicamente o estilo de vida atual de grande parte da população.
O trabalho geralmente é priorizado, sendo assim, alimentação e atividades de lazer são deixados em segundo plano.
E para “resolver” esse problema e não se perder ainda mais tempo com essas coisas, a industria alimentícia cria muitas opções para você.
Eles empacotam tudo e fazem durar muito.
O custo disso para sua saúde não é importante para eles, o importante é você continuar consumindo e produzindo no seu trabalho sem interferências.
Mas porque você compra essa ideia?
Porque esse estilo de vida atual já está tão normatizado que você nem imagina como fazer diferente. Mas você precisa começar a se questionar e buscar outros modos de existir, pois vivendo assim, você está promovendo doença, entre elas, a obesidade.
Cultura
Pode parecer estranho falar de cultura em um artigo sobre obesidade, mas é de fundamental importância que entenda todos os pontos que tem relação com o tema. Mas você pode estar se perguntando…
Como a cultura reflete no nosso corpo?
Ora, é por intermédio do corpo que nos manifestamos no mundo! E o que manifestamos está diretamente relacionado às nossas experiencias culturais.
Em nossa cultura existe um rígido sistema de códigos que determinam padrões ideais para nossas manifestações corporais. Em decorrência disso, o corpo que pode se manifestar livremente é aquele que está dentro desses padrões: um corpo magro, delineado e eternamente jovem. O corpo que culturalmente reconhecemos como bonito.
Se você parar para imaginar uma pessoa bonita nesse momento ela será exatamente como a descrita acima: magra, sarada e jovem. Contudo se eu te pedir para abrir seu olhar e buscar belezas diferentes dessas, tenho ainda mais certeza que encontrará belezas muito diversas.
Quero te mostrar com isso, que os padrões estabelecidos não englobam a diversidade estética da nossa população, mas a imposição cruel desses padrões não nos permite perceber que essas belezas diferentes existem.
Assim, você vive insatisfeito com seu corpo e não percebe que a sua insatisfação está diretamente relacionada com a disseminação desse padrão. O interesse de manter um padrão único de beleza não poderia ser outro senão o dinheiro. Tendo um objetivo bem claro do corpo que você deseja é bem mais fácil te vender moda, cosméticos, tratamentos estéticos, produtos alimentícios e até mesmo higiene. E se esse padrão for inalcançável, a estratégia de venda se torna ainda mais eficaz, já que você será cliente para sempre.
Sendo a obesidade e sobrepeso uma das principais insatisfações atuais, que provavelmente rende um lucro inacreditável para a industria, é muito fácil chegar a conclusão de que te manter gordo é uma boa estratégia para garantir que você seja cliente para sempre.
Mídia
Apesar de ser uma via de expressão cultural a mídia merece um tópico especifico já que é através dela que as sociedades contemporâneas têm seu comportamento modulado. É a mídia que impõe os ideias de saúde e de juventude, difunde conselhos dietéticos, estéticos, esportivos além de insistentemente impor um padrão idealizado e único de beleza.
Somos bombardeados a todo momento por imagens e padrões pouco prováveis de serem alcançados e ao mesmo tempo comida (processada e industrializada) é vendida como sinônimo de felicidade.
Pare e repare como as propagandas de comida estão sempre vendendo um ideal de felicidade. As pessoas sempre magras, sentadas em volta de uma mesa que dá pra alimentar um batalhão, em uma casa maravilhosa, com uma família perfeita etc.
A comida vendida pela propaganda, como você já sabe, é a grande responsável pelo surto de obesidade e sobrepeso que vivenciamos. Temos então um conflito; nessas propagandas as pessoas que consomem esses alimentos são sempre magras e felizes, mas grande parte da população que sofre de obesidade e sobrepeso (50% da população brasileira) os tem como base de sua alimentação.
Será que somos vítimas de propaganda enganosa?
Tire suas conclusões e deixe um comentário aqui abaixo falando sobre o que concluiu.
›Conclusão: Porque parece tão difícil se livrar da obesidade?
Acredito que você já tenha percebido que se livrar da obesidade parece tão difícil não por ela ser uma doença terrível, mas sim por ela estar submersa em tramas muito bem articuladas de interesses princialmente econômicos. Por essas tramas passarem despercebidas por nós, vivemos intensamente a sensação de que só pessoas com muita força de vontade e determinação são capazes de emagrecer definitivamente.
Parece tão difícil se livrar da obesidade e sobrepeso porque desde que as taxas dessas condições físicas começaram a alcançar números alarmantes e a visão negativa sobre as pessoas gordas tem se intensificado, fazendo com que elas sejam vistas como únicas responsáveis por sua condição. Os tratamentos habituais e a ciência endossam esse julgamento e, por isso, desconsideram importantes fatores que são determinantes para um processo de emagrecimento sustentável e permanente.
O meu objetivo com esse texto foi levantar questionamentos para que você busque outros modos de olhar para o problema que vivencia e perceba que pode ser mais vítima que culpado nessa história toda.
ATENÇÃO: Como este texto levanta diversas questões, pode ser que você tenha algumas dúvidas! Sinta-se à vontade para compartilha-las no comentários ao final deste artigo.
Recapitulando o que foi abordado neste artigo…
1º – Buscamos a resposta para a pergunta-título: “Por que parece tão difícil se livrar da obesidade?” e através dela buscamos a compreensão de porque os tratamento habituais para obesidade e sobrepeso, muitas vezes entendidos como muito eficazes, não consideram algumas questões que são determinantes para um processo de emagrecimento saudável e definitivo.
2º – Vimos como os modos de tratamento para obesidade e sobrepeso giram, predominantemente em torno do binômio dieta – atividade física e falamos, ainda, sobre como essas atividades estão submersas em uma rede de interesses que acabam transformando-as em uma receita pouco eficaz para quem deseja emagrecer.
3º – Propusemos refletir sobre esse fenômeno atual por uma perspectiva diferente da predominante. Para tanto trouxemos o vídeo do médico Peter Attia que nos ajuda a refletir sobre a necessidade de inversão da relação causa e efeito no estudo e tratamento da obesidade a fim de buscar tratamentos mais eficazes.
4º – Apresentamos a ideia de que a “a obesidade e sobrepeso são produzidos“, ou seja, são produtos de múltiplos processos históricos, culturais, econômicos, políticos e sociais e não apenas individuais como predominantemente é entendido.
5º – Demonstramos que a sensação de dificuldade para se livrar da obesidade e sobrepeso está relacionada a visão negativa que se tem sobre as pessoas gordas. Visão esta que as coloca como únicas responsáveis por sua condição. Como os tratamentos habituais e a ciência endossam esse julgamento acabam desconsiderando importantes fatores que seriam determinantes para um processo de emagrecimento sustentável e permanente.
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
PINHEIRO, K. História da Alimentação. Universitas: Ciências da saúde; 2001.
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