A CULPA É DO GORDO OU É A SOCIEDADE QUE O CONDENA?

Você se sente culpado por estar ou ser gordo?

Você sente vergonha de sair de casa por conta do excesso de peso?

Você só usa roupas largas escuras (preto e cinza geralmente) e tem calafrios só de pensar em ir a praia ou a piscina?

Calma! Nem tudo está perdido, mas é preciso parar para pensar de um jeito diferente no porque você não consegue sair dessa situação de maneira saudável e sustentável a longo prazo.

Ou seja, é preciso repensar os motivos que te impedem de emagrecer definitivamente e nunca mais recuperar o peso perdido – livre de efeito sanfona!

Mas veja bem: eu sei que não é fácil e sei que quando não conseguimos atingir nossos objetivos geralmente ficamos chateados e muitas vezes tristes.

Mas quando esse sentimento de frustração se transforma em um sentimento de condenação constante, o caso fica mais sério! E é justamente nesse momento você precisa ter mais atenção na forma como você mesmo se enxerga e também na forma como você enxerga outras pessoas que sofrem com excesso de peso.

Portanto, continue lendo com muita atenção!

Pois neste artigo nós veremos como a sociedade contribui para toda essa situação – a partir do momento que ela lança o seu olhar de condenação, julgamento e cobrança quando o assunto em questão é sobrepeso e obesidade.

Você Também Condena!

Eu acredito que muitas pessoas em algum momento da vida já tiveram o seguinte pensamento ao observarem uma pessoa muito gorda:

“Nossa que relaxo! Como que uma pessoa se permite chegar a esse estado?”

O engraçado é que muitos que assim pensam ou já pensaram, também tem ou tiveram problemas com peso. Ainda assim, possuem este péssimo mal costume de condenar quem tem maiores dificuldades.

Mas calma! Não estou te julgando. Eu assumo já ter feito esse tipo de julgamento muitas vezes ao observar uma pessoa muito gorda – mesmo quando eu tinha vários quilos extras. Isso ocorre porque somos “treinados” pelos padrões sociais a exigir certos modelos estéticos, até mesmo quando não nos encaixamos em tais modelos.

A Condenação é Dupla

O indivíduo, além de receber todos os olhares de condenação e reprovação em relação a sua situação de “relaxo”, também recebe a condenação que surge a partir dele mesmo, graças as já tradicionais recomendações que pregam diretrizes do tipo:

Coma menos e gaste mais calorias, é tudo questão de matemática!

Ao colocar em prática recomendações desse tipo sobre o tal balanço calórico e não conseguir resultados satisfatórios, mesmo seguindo tudo à risca, o sujeito sente-se péssimo.

Entretanto, a vontade de atingir seus objetivos é tanta que ainda assim sua fé o faz ficar anos e anos tentando seguir essas clássicas recomendações sobre a redução forçada de calorias, porém, sem sucesso.

Inclusive, alguns acabam se conformando com a situação por acharem que nasceram para serem gordinhos mesmo.

Em outros casos, a situação se agrava, o sentimento de culpa torna-se muito forte e a pessoa flagela-se emocionalmente por não se aceitar como é de forma alguma.

Mas a Culpa Realmente é Do Gordo?

Não! A culpa não é sempre do gordinho. O problema é que na maioria das vezes nem ele (o gordinho!) ao menos sabe disso…

Acontece que a as recomendações e informações atualmente disseminadas como verdades absolutas nos incitam a pensar que comer em grandes quantidades, entregar-se a preguiça e a falta de força de vontade são as ÚNICAS reias causas dos problemas de sobrepeso e obesidade.

Enquanto na verdade, estes problemas muitas vezes deveriam ser tratados como consequências ou sintomas de outros problemas muito maiores e mais preocupantes, que afetam nossa saúde de de um jeito bastante sério.

Exatamente por isso que não faz sentido culpar unicamente os gordinhos! Claro que existem aqueles que não querem mesmo emagrecer, pois não sentem desconfortos físicos e estéticos com a sua situação atual. Ótimo! Mas é muito cruel condenar aqueles que se esforçam para colocar as recomendações profissionais em prática e ainda assim não colhem os resultados esperados.

Portanto, podemos afirmar que a culpabilização desses indivíduos ocorre injustamente, pois ao mesmo tempo que os condena também os humilha e deprime.

E para entender melhor porque faço afirmação, recomento FORTEMENTE que você assista o vídeo logo abaixo (com legendas em português) onde o Dr. Attia fala mais sobre essa condenação injusta de pacientes gordos:

O que podemos aprender com esse vídeo?

Bom, eu diria que a principal lição é a seguinte: a relação entre causa e efeito em relação a obesidade (e doenças relacionadas como síndrome, metabólica, resistência a insulina, diabetes etc.) precisa ser URGENTEMENTE repensada.

Dessa forma, sugiro o seguinte questionamento:

Não será o acumulo de peso um mecanismo de defesa do corpo para algo que não está funcionando direito tanto fisicamente quanto emocionalmente?

E se ao invés de estarmos ajudando as vítimas, estivermos fazendo justamente o contrário?

Ou seja: julgando, apontando e condenando.

Precisamos repensar esse comportamento urgentemente!

Está gostando deste artigo?

Então você vai gostar ainda mais da nossa série especial em vídeo...

Se Dê o Benefício Da dúvida

Questionar o que é imposto e já consolidado no contexto em que vivemos é uma qualidade que poucos desenvolvem. Contudo, isso não quer dizer que assim tem que ser!

Você pode começar hoje mesmo abrir a cabeça e os olhos para o que acontece ao seu redor. Observe como as pessoas estão cada vez mais gordas.

E observe que isso acontece ao mesmo tempo em que a procura por nutricionistas e academias vem aumentando no Brasil, mas ainda assim os números de obesidade e sobrepeso só crescem – atualmente 1 em cada 2 Brasileiros está acima do peso.

Será mesmo então que todo mundo é preguiçoso e sem força de vontade?

Bom, isso não parece fazer muito sentido né? Afinal, você mesmo já deve ter visto vários gordinhos que estão na academia todos os dias, muitos já há bastante tempo e ainda assim não conseguem resultados duradouros, pois a maioria acaba recuperando o peso. Isso quando não ganham mais ainda do que já tinham e ficam neste vai e vem do efeito sanfona por anos, eu mesmo já estive nesta situação e sei como é horrível.

E sei também que é a partir daí que a situação fica perigosa e a frustração vira condenação, pois o indivíduo faz tudo que é recomendado, se esforça mais do que deve e come menos do que precisa, mas ainda assim a gordura extra não vai embora e a cabeça fica rodeada de pensamentos do tipo:

• “Será que não estou me esforçando o bastante?”
• “Não deveria ter comido aquela comida X!”
• “Vou ter que aumentar os exercícios e comer menos ainda!”

Ou então o conformismo…

• “Pra que ficar tentando se acaba voltando tudo de novo?”
• “Acho que nasci para ser gordo mesmo, é genética!”

É claro que a genética influencia e existem diferentes tipos de corpos, mas esta não é a questão. A questão é: será mesmo que todos os gordinhos não tem força de vontade e não tem se esforçado o suficiente ou será que o real problema não está no método pouco efetivo que vem sendo aplicado?

Pois é!

Se funciona pra “A” não necessariamente funciona pra “B”

Sim! Você pode conhecer pessoas que conseguem resultados seguindo o que é amplamente divulgado e sugerido através das recomendações clássicas sobre balanço calórico que profissionais da saúde vivem repetindo na TV, rádio, revistas, jornais e internet hoje em dia, mas isto não quer dizer que o mesmo funcione exatamente igual para você.

Como citado anteriormente, existem diferentes tipos de corpos e o seu pode exigir uma estratégia diferente da estratégia do seu amigo(a) naturalmente “Sarado(a)”, o que não vale é se prender a tais comparações.

Pois agindo assim você só continuará se sentindo incapaz e preguiçoso por não conseguir os mesmos resultados, enquanto usa as mesmas estratégias daqueles considerados mais esforçados.

Isso só serve para aumentar ainda mais o sentimento de condenação e culpa. Portanto, questione o método tradicional, não insista no caminho errado, não seja vítima de você mesmo!

Mas talvez você esteja agora pensando e se perguntando:

Como assim Glauber? O que é o errado e o que é o certo então? Por onde começo?

Bom, o que eu considero errado é o foco na redução FORÇADA e não espontânea de calorias. Ou seja, dietas restritivas que lhe estimulem a ficar contando calorias e que te proíbam de comer o que você sente falta. E também que lhe estimulem a praticar mais exercícios físicos mesmo que você não se sinta assim tão energizado pra isso.

Já o que eu considero certo é uma alimentação limpa e saudável composta por comida de verdade onde você come quando tem fome e aprende a respeitar os sinais do seu corpo.

Ou seja, você se alimenta de maneira mais intuitiva e come apenas quando tem fome! Nada de comer a cada 3 horas ou de ficar contando pontos e calorias feito louco.

Mas como fazer tudo isso e como isso pode gerar resultados sustentáveis a longo prazo? 

Bom, eu particularmente gosto muito e sugiro a estratégia Primal Low Carb que é a mesma estratégia que me fez sair da zona da obesidade e que ao contrário do que muita gente pensa não é restritiva, pois NÃO estamos falando de uma alimentação com 0 (ZERO) de carboidratos, mas sim de uma alimentação com POUCOS (ou moderados) carboidratos.

E isso não quer dizer que você vai trocar o controle neurótico de calorias pelo controle neurótico de carboidratos, ou seja, não é preciso fica contando loucamente cada grama de carboidrato ingerida para ter resultados expressivos seguindo essa forma de se alimentar

ATENÇÃO: Não estamos falando de uma dieta da moda temporária que deve ser seguida apenas por um curto período de tempo, mas sim de uma estratégia alimentar que te educa e te dá autonomia para agir por conta próprio. Ou seja algo que você aprende e leva pro resto da vida como um estilo de vida alimentar saudável mesmo. =)

E para entender melhor essa estratégia e saber por onde recomeçar, o artigo abaixo é LEITURA OBRIGATÓRIA:

CARDÁPIO LOW CARB PARA EMAGRECER: O GUIA DEFINITIVO COM 6 INFOGRÁFICOS, PLANEJADOR SEMANAL E 38 RECEITAS SIMPLIFICADAS

Após terminar de ler este artigo que você está lendo agora, você deve imediatamente ler o artigo acima com bastante atenção.

Sério! Se você quer mesmo mudar de vida e emagrecer pra sempre e com saúde, esse é o caminho do sucesso de longo prazo! 😉

Conclusão

Com tudo que nós vimos neste artigo, fica evidente que a forma como o gordo é tratado em nossa sociedade é bem injusta, pois ao mesmo tempo em que se discute sobre a importância do emagrecimento, também se recomenda os métodos errados para este fim.

É como se estivéssemos dizendo para um alcoólatra (gordo) parar de beber, ao mesmo tempo enchemos a cara dele de cachaça (dietas restitivas baseadas na falida pirâmide alimentar rica em carboidratos refinados, açúcares e farináceos); 

Faz sentido para você? Pois é, espero que não!

Com isso fica claro que devemos parar de culpar exclusivamente o gordo e começarmos a olhar para as recomendações que ele recebe atualmente influenciadas por diretrizes defasadas, profissionais desatualizados e uma sociedade doente que cobra padrões de beleza irreais.

E os gordinhos também devem parar de se culpar excessivamente, pois querendo ou não, muitos deles (muitos de nós) foram vítimas a vida toda dessas recomendações erradas sobre saúde e emagrecimento. Eu sei bem disso porque eu já estive nessa situação e sei bem como isso sabota a nossa motivação e promove um verdadeiro desanimo contante.

Mas é claro que também não podemos deixar de lado a possível falta de RESPONSABILIDADE de quem sofre com excesso de peso, já tem acesso a essas informações que desafiam o senso comum e ainda assim preferem não fazer nada. E claro que também não podemos desconsiderar as questões emocionais que muitas vezes dificultam a implementação das técnicas apresentadas do decorrer deste artigo, mas também não podemos dizer que o gordinho não é responsável pelos seus atos e isenta-lo completamente de qualquer esforço que se faça necessário para emagrecer.

Então lembre-se: a culpa não é do gordo, mas a partir do momento que ele (você) recebe acesso GRATUITO a esse material educativo diferenciado, aí RESPONSABILIDADE pela sua saúde passa ainda mais a ser sua, pois a sua consciência e autonomia aumenta de forma BRUTAL!

Recapitulando

1º – Falamos de como a sociedade é programada para exigir certos padrões estéticos e a forma como tais exigências afetam nosso julgamento em relação as pessoas fora do “padrão estabelecido”.

2º – Falamos como o próprio indivíduo se condena por estar fora do “padrão estabelecido” e da frustração ao tentar se enquadrar em tal padrão.

3º – Questionamos se realmente as pessoas obesas ou com sobrepeso são culpadas ou se na verdade não seriam vítimas de uma confusão na compreensão entre causa e efeito.

4º – Estimulamos o questionamento em relação as ideias vigentes que são impostas como verdades absolutas e que visivelmente não tem funcionado muito bem.

5º – Explicamos que comparações do tipo “Fulano come de tudo e tem o corpo legal enquanto eu faço de tudo e continuo gordo(a)…”   não devem ser feitas e utilizadas como desculpa para o conformismo pois existem tipos de corpos diferentes e estratégias diferentes para cada um.

Considerações finais

Espero que você tenha gostado deste artigo e que ele tenha sido útil para lhe fazer pensar diferente em relação ao problema da obesidade e sobrepeso no Brasil e no mundo. Também espero que você reflita um pouco mais antes de julgar alguém supostamente em situação de “relaxo”.

E caso você tenha algum problema com excesso de peso, espero que este artigo lhe tenha sido útil e espero que você não fique mais se condenando…

Portanto, comece comece a mudar hoje mesmo o seu estilo de vida!

Para tanto, basta que você clique nos links aqui recomendados do decorrer deste artigo, continue acompanhando o Obeso Emagrece e se cadastre em nossa lista VIP de e-mails! 😉

Agora Deixe um comentário e nos diga se você também já condenou injustamente com um olhar alguém que você julgou “relaxado” por ter se permitido chegar a “tal ponto” ou se você mesmo já se condenou por sentir-se “relaxado”, compartilhe conosco suas histórias e receba apoio dos colegas.

Um abraço e até o próximo artigo!